18 de agosto de 2011

Coisas de publicitário

PUBLICITÁRIO não beija, faz marketing boca-a-boca.
Não tem férias, tem break comercial.
Não responde, dá feedback.
Não trai, faz freela.
Não discute, faz brainstorm.
Não copia, se inspira.
Não come, degusta o produto.
Não paquera, faz prospecção.
Não grita, anuncia.
Não têm amantes, apenas cases.
Não faz serenata, faz jingle.
Não tem destino, tem target.
Não morre, sai de veiculação...

17 de agosto de 2011

Metrô = lata de sardinha

Já vi muita gente comentando que o metrô de Belo Horizonte é uma bênção - pra não dizer outra coisa- logo pela manhã e no fim da tarde também. Mais hoje de empírico senti na pele o que a sardinha sente ao ser enlatada.

Até tinha acordado de bom humor e feliz em ter que pegar um ônibus até ao metrô, depois descer naquele centro maravilhosamente lotado de gente cheio de pressa e enfim chegar no trabalho, mais eis que essa incrível jornada se tornou bem difícil logo que cheguei na estação do metrô. Parecia que tinha um milhão e meio de pessoas dentro do metrô parado aguardando a hora da partida ( que insistem ser em horários ímpares), e que não tinha como nem entrar pra ficar amassada na porta.

Esperei.

Alguns longos minutos depois, surge o outro metrô (cheio), encarei aquela lata metálica, afinal, assalariados e batedores de cartão não tem a opção de esperar que tenha um transporte público rápido e vazio (ou é uma coisa ou outra) .

Nas estações seguintes até conseguia me mexer, tirar o pé do lugar, tentar achar um local mais confortável e mais ventilado (mesmo que não exista), até que chega a estação São Gabriel - o que é aquilo?  Se tinha um milhão e meio de pessoas no metrô que não entrei mais cedo, pode ter a certeza que que outro meio milhão de pessoas vai entrar, mesmo que não caiba mais ninguém - as pessoas vão entrando, parecendo o estouro de uma boiada, é gente que não acaba mais, nessa altura, já não tinha mais lugar pra colocar as duas mãos e nem podia mexer os pés, porque corria o sério risco de ficar com ele pra cima até chegar a estação central.

Pronto ... o metrô vai andando e as pessoas tentando tentar não bater o cotovelo na sua cabeça. Mais não é só, quando tenta olhar pra cima vê que tem cinco mãos diferentes segurando num lugar que só cabiam duas e do lado tem sete pessoas no lugar onde caberiam quatro, mochilas, sacolas e afins no chão tentando também se segurar entre as pernas de seus donos.

Definitivamente isso não é vida, pelo menos na lata de sardinha deve ser mais confortável, pois afinal são só duas ou três disputando o mesmo espaço e elas não ficam entrando e saindo a cada estação e ainda não precisam aguentar um ser sem noção e sem fone de ouvido, sufocando nossos ouvidos e pensamentos com aquele funk maldito, naquele celular de quinta que chia mais que rádio velho.

Enfim chegou na estação central, 80% de todo mundo que está dentro do metrô desce lá e quer disputar a descida na escada rolante como se fosse uma prova de olímpica e não para por ai, ainda tem o ultimo obstáculo, a roleta que te liberta desse pesadelo, as pessoas não tem noção para passar na roleta ou de ter uma tal de gentileza onde quem está na frente passa primeiro e assim sucessivamente.

Mais no final tudo dá certo, são apenas longos e intermináveis 25 minutos dentro dessa lata de sardinha que anda em trilhos movida a eletricidade e que testa nossa paciência, senso de vida em sociedade e civilidade todos os dias.